3.5.06



Pois claro, já se sabia, ninguém disse que seria fácil. Também nenhuma de nós pensou que seria, que uma coisa é escrever para a gaveta ou para um blog, outra bem diferente é querer fazer do que se escreve uma coisa como deve ser, começando por obedecer àquilo que se aprende na escola, cabeça-tronco-e-membros. E já agora que se diga alguma coisa que valha a pena ler (que a gente já sabe que Margaridas há por aí muitas, a senhora que nos desculpe por ser dela o nome que representa toda a quilometragem de textos sem conteúdo, mas é preciso é simplificar).
E depois há o problema (ou a desculpa?) da falta de tempo, é o trabalho, a casa, os filhos, os outros livros, os óculos que se embaciam, as mãos que estão cansadas de teclar.
Como diz a Florbela, é preciso é querer, uma coisa assim a lembrar o deixar de fumar, pois se uma pessoa gosta de o fazer porque não há-de querer?
Eu, como fiz a tal batota e me agarrei com unhas e dentes a dois começos, penso que já me decidi. Ou melhor, assim que acabei de escrever isto, hesitei. Pois, até parece que é mais uma desculpa, como não sei qual continuo para este desafio, vou pensando no assunto. A verdade é que enquanto me decido, não faço nada, logo eu que não gosto nada de adiar decisões.
Então vai ser assim: já me decidi, vou mesmo pelo caminho mais difícil. Fracassar por fracassar que seja tentando o melhor.

Nat

2 notas de rodapé

mil folhas



Antes das mil, a folha em branco. A angústia de que se fala. Ou não. Palavra a palavra, página a página, um capítulo depois do outro. Até chegar ao fim.