26.4.06


Eu fiz batota, devo admiti-lo. Agarrei-me afincadamente a um começo daqueles que, como tantos outros, deixamos numa gaveta ou numa pasta esquecida do computador.
Agora é continuar, que para alguma coisa há-de servir este empurrão.
O pior é que escrever é como tantas outras coisas, a gente pára e depois para reencontrar o tom é o cabo dos trabalhos. Ou, pelo menos, assim é para mim. Tenho tendência a fragmentar o que escrevo. Aliás, isso vê-se por coisas tão simples como eu pegar num caderno, independentemente do que escrevi para trás, e registar um texto que, penso eu, após escrever, nalgum lugar há-de caber.
Pois claro, eu sei, de profissionalismo este método não tem nada, mas eu não sou profissional, nunca escrevi um livro, e parece-me que o texto mais longo que escrevi não excedeu as 60 páginas.
A tarefa não vai ser fácil e, como tantas outras, talvez naufrague antes de qualquer porto, mas isso é o que menos me importa agora.
Enquanto escrevo, aqui estou.

Nat

1 notas de rodapé

mil folhas



Antes das mil, a folha em branco. A angústia de que se fala. Ou não. Palavra a palavra, página a página, um capítulo depois do outro. Até chegar ao fim.